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Bem Vindos ao Mundo Esportivo
Atencao idosos de plantão para as informações publicadas nesta página de cunho físico, educacional e comportamental, visando mostrar sempre o que ha de melhor em estudos e pesquisas sobre a importancia de uma vida saudavel .
domingo, 22 de junho de 2014
Desequilíbrio e tontura nos idosos - riscos de quedas
O equilíbrio: como é mantido ?O equilíbrio corporal é mantido por diversos orgãos e sistemas. Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, olhos, músculos, ossos e articulações.Todas essas estruturas mandam informações sobre a posição da cabeça e do corpo para o cérebro que analisa estas informações e faz ajustes para manter um equilíbrio perfeito. O cerebelo também ajuda nessa tarefa. Tudo funcion com muita harmonia, como se fosse uma orquestra.Como surge o desequilíbrio ?O desequilíbrio (tontura) aparece quando as informações não são mandadas corretamente para o cérebro ou quando o cérebro não consegue entendê-las como deveria. Significa que uma ou mais das estruturas responsáveis em mandar e receber informações estão alteradas ou estão em conflito. As doenças e o processo de envelhecimento muito contribuem para o desequilíbrio do idoso.Como é a tontura ?Pode ser uma simples sensação de desequilíbrio, impressão de queda, mudança de rumo, sensação de flutuação, vertigem. A vertigem é um tipo frequente de tontura, a pessoa sente que as coisas giram ou ela gira.Os diferentes tipos de tontura podem ocorrer em qualquer faixa etária mas é nos idosos que elas são bem mais frequentes e preocupantes por causa das quedas. Nos ambulatórios de clínicas geriátricas a incidência de tonturas atinge 81% a 90% .Por que os idosos caem ?Cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez por ano e 13% caem de forma recorrente. A lesão acidental é a sexta causa de mortalidade em pessoas idosas. A queda é responsável por 70% dessa mortalidade.As doenças que acometem os idosos podem ser fatores únicos das quedas ou fatores coadjuvantes das labirintopatias.Entre as causas que predispõem à quedas , podemos citar as seguintes:Tipos e excesso de medicamentos: cerca de 3000 medicamentos são citados como possíveis causadores de tontura e vertigem. Os efeitos indesejáveis causados pelo excesso e pela interação medicamentosa são incontáveis. O paciente idoso costuma tomar remédios receitados por vários médicos.Além de tomarem remédios demais, as doses nem sempre estão certas.Visão: as causas principais de visão prejudicada são glaucoma, degeneração macular , retinopatia diabética.Ortopedia: artrite, osteoporose , sequelas de fraturas ,anquiloses.Labiríntica: prevalença das tonturas posicionais , tonturas infecciosas, degeneração progressiva das estruturas labirínticas.Cardiovascular: problemas circulatórios nas extremidades distais causando neuropatia periférica , baixo impulso vascular cardíaco.Neurológico: história de acidente vascular cerebral , insuficiência vertebrobasilar, esclerose múltipla.Endocrinológica: aumento de incidência de diabete trazendo consequências à retina e ao labirinto.Vida sedentária: vida sedentária leva à obesidade e esta afeta a função do equilíbrio.Há pessoas idosas que costumam sair pouco de suas casas pelo receio que possam cair. As quedas porém são mais frequentes justamente em casa e são resultantes de ‘’perigos domésticos’’ como as escadas, os pisos escorregadios, pouca luminosidade e disposição inadequada de móveis. As escadas e o trajeto quarto-banheiro, principalmente à noite, são considerados os de maior risco na moradia.Além da limitação social e física em idosos com tonturas , uma queda pode resultar em fratura. As fraturas podem levar à hospitalização muitas vezes prolongada e de custo elevado.O "ataque de queda"A maior causa de queda dos idosos são de natureza acidental : cair das escadas , tropeçar num tapete, escorregar num assoalho encerado , etc.Mas um outro tipo de queda pode ocorrer nos idosos: o ‘’ ataque de queda’’ ou sincope postural . Os ataques de queda são súbitos, não acidentais ,sem nenhum sinal ou sintoma pregresso de queda. A pessoa simplesmente cai (desaba) e se dá conta que está no chão. Em geral resultam em lesões (fraturas, ferimentos,hematomas, contusões ) de maior ou menor gravidade.Os casos de ataques de queda ou sincopes posturais são atribuídos a uma hipotensão ortostática com momentâneo deficit circulatório cerebral, acompanhados de perda temporária da consciência.Como prevenir e tratar tonturas e quedas nos idosos?PrevençãoEnquanto alguns fatores de risco para as quedas não podem ser mudados, como o envelhecimento, outros podem ser eliminados ou reduzidos através de orientações de prevenção a pacientes e familiares:
Exercício regular reduz incapacidade física na velhice
A "terceira idade" é considerada como o período que se inicia quando o indivíduo atinge uma idade próxima à expectativa média de vida e vai até o final do ciclo de vida. Por natureza, o envelhecimento traz consigo uma redução na capacidade regenerativa dos tecidos e uma consequente diminuição da reserva biológica. Os idosos são mais propensos a doenças e problemas de mobilidade e equilíbrio, aumentando a possibilidade de quedas, deflagrando assim um ciclo de morbidade e hospitalizações, que, além de abreviar o período de vida, diminui muito a sua qualidade. Outro problema grave advindo da redução da mobilidade e equilíbrio é a perda da independência, já que pequenas ações corriqueiras, como subir alguns degraus de uma escada, apanhar um objeto do chão, pegar uma condução, etc., tornam-se, além de penosas, perigosas. Com o aumento da longevidade, observa-se um rápido crescimento no contingente de pessoas nesta faixa etária e sujeitas a esses problemas, caracterizando já uma questão de saúde pública.
Hoje já dispomos de uma grande quantidade de evidências científicas comprovando que a atividade física regular traz diversos benefícios à saúde da população. No entanto, eram poucas as pesquisas avaliando os efeitos da atividade física regular sobre a saúde e demais problemas que acompanham a idade, especificamente na faixa etária acima dos 70 anos. Preenchendo esta lacuna, foi publicado recentemente na revista científica Journal of the American Medical Association, um estudo que aborda diretamente esta questão.
A pesquisa teve início em 2010 e avaliou, por um período médio de 2,6 anos, 1635 voluntários, homens e mulheres sedentários, com idades de 70 a 89 anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um recebeu uma intervenção de atividade física regular, que incluía caminhadas e exercícios de flexibilidade e resistência. O outro grupo recebeu, no lugar da atividade física, um programa de educação para a saúde na velhice. O principal desfecho avaliado foi a capacidade de movimentação, medida pela habilidade do indivíduo completar um percurso de 400 metros em um período de 15 minutos, sem parar para sentar ou requerer a ajuda de outra pessoa.
Os resultados apontaram que o grupo submetido à atividade física teve, estatisticamente, um desempenho significativamente maior que o grupo sem atividade física. Desses resultados pode-se concluir que programas de atividade física regular podem, além de melhorar a mobilidade (o que por si só reduz o risco de doenças e internações hospitalares), aumentar a independência (e por consequência a auto estima) do idoso.
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