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domingo, 2 de junho de 2013

Preguiça, cansaço e desânimo: qual a diferença?

 

 
Preguiça, cansaço e desânimo
Muitas vezes sentimos desânimo, vontade de “fazer nada”, preguiça enorme de qualquer coisa. A vida pára e eu me sinto agarrado em um lamaçal. Sensação comum do dia a dia. E para a terceira idade, diferenciar tais sentimentos pode ser de grande importância para garantir bem estar e prazer em viver. Afinal, porque tais sensações existem?
Conversando com várias pessoas acima dos 60, analisamos que tais sensações recebem diferentes conceitos, os quais são influenciados de acordo com objetivos pessoais além do discernimento de como cada uma foi gerada.
A preguiça, por exemplo, é uma sensação onde geralmente não encontramos bons motivos para se realizar algo. Não há metas a serem alcançadas, não há desafios para serem vencidos, não há atração alguma para que se realize aquilo. O resultado da preguiça em nível social é a constante vivência de falhas coletivas onde parecemos não mais nos importarmos com tais falhas: já nos acostumamos a misturar o lixo mesmo sabendo da importância de separá-lo, com a violência, com os apelos de consumo, com a corrupção… Na vivência pessoal a preguiça paralisa. Já viram a casa de alguém preguiçoso? Somos capazes de descrever facilmente como esta casa deve ser. Enfim, conseguimos conceituar a preguiça como sendo a ausência de objetivos, metas ou de bons motivos para se fazer algo. De maneira geral, podemos dizer que uma pessoa preguiçosa é aquela que tem dificuldades em encontrar objetivos na vida.
O cansaço pode ser conceituado como esgotamento da energia disponível, seja física ou mental. Não necessariamente uma pessoa cansada é preguiçosa. Posso estar com preguiça e cheia de energia, posso estar cansado mas não com preguiça. Agora, se estou cansado e com preguiça… vale a pena refletir a respeito pois falta de objetivos e esgotamento podem ser sinais de que algo não está indo bem. Um profissional de saúde o ajudará compreender.
Já o desânimo tem haver com o espírito: ânimo vem de anima, que por sua fez significa alma. Estar desanimado pode significar estar “desalmado”, ou seja, não há vivência verdadeira e integral daquilo que está sendo feito no momento presente. O espírito está longe… desconectado da realidade. Pode ser que o que você esteja fazendo não tenha nada a ver com você, pode ser que esteja fazendo algo pela vontade dos outros, pode ser que esteja fazendo algo de forma errada. Ou seja, você não está por inteiro dentro daquela situação, não está se preenchendo, se tornando feliz.
Principalmente na terceira idade tais sensações aparecem como fantasmas e elas vêm “junto e misturado”: estar com preguiça, cansado e desanimado é a mesma coisa.
Portanto, sempre que estiver desanimado pergunte-se “estou desalmado?” e verificará o quão forte é pensar assim, como se já estivesse morrido. Será? Verifique se há cansaço e então… descanse… durma, viaje passeie, fique sem “fazer nada” fazendo algo muito importante: descansando. Se há preguiça reveja seus objetivos de vida, se você já está perto de alcançá-los, afinal, já está na terceira idade, hora de alcançar todos os objetivos traçados no início de sua vida. E viva, com toda energia disponível esta fase!

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