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Atencao idosos de plantão para as informações publicadas nesta página de cunho físico, educacional e comportamental, visando mostrar sempre o que ha de melhor em estudos e pesquisas sobre a importancia de uma vida saudavel .

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Exercícios diários minimizam declínio físico em idoso!

Praticar exercícios físicos regularmente, pelo menos 150 minutos na semana, garante estabilidade física ao idoso por 15 anos, com manutenção da força, do equilíbrio e da flexibilidade – habilidades que começam a entrar em declínio já a partir dos 50 anos. Essa é a conclusão de um levantamento do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs) – órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – que foi iniciado em 1997 e concluído no final de 2011, após mais de 5 mil avaliações.

Os dados colhidos ao longo do período passaram a compor um grande banco de dados a partir do qual os pesquisadores desenvolveram critérios de avaliação física voltados especificamente para idosos. Outro resultado dos 15 anos de coleta de informações foi o desenvolvimento de um programa de exercícios especial para esse público: o Senior Fit, que propõe um revezamento entre atividades aeróbicas, de força, de equilíbrio e de flexibilidade.

A proposta é que o idoso faça uma atividade orientada por profissionais três vezes por semana e que pratique exercícios em casa nos outros quatro. A Organização Mundial da Saúde recomenda, com base em estudos científicos, que o idoso dedique pelo menos 150 minutos a atividades físicas por semana.
O professor de educação física Timóteo Leandro Araújo, pesquisador do Celafiscs, diz que não há uma cultura voltada para a prática de exercícios entre os idosos no Brasil. “Há uma mania superprotetora com os idosos, que tende a incentivar ainda mais o sedentarismo. Queremos alarmar a sociedade e mostrar que a teoria de que o idoso tem de ficar sentado, em casa, sem carregar peso, está prejudicando a saúde das pessoas”, explica.

O geriatra Carlos André Freitas dos Santos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que, a partir dos 50 anos, começam alterações fisiológicas no sistema músculo-esquelético. Primeiro, inicia-se uma troca de massa magra por massa gordurosa. As articulações perdem fibras elásticas e os ossos ficam menos densos. “O sedentarismo, associado a essas alterações, faz com que o envelhecimento traga perda de mobilidade. Atividades físicas, com treinamentos orientados, desfazem esse prejuízo”, diz.
Para Araújo, a principal vantagem dos exercícios para os idosos é que eles passam a cumprir mais tarefas da vida diária de modo independente. “Os exercícios trazem sustentação para as atividades do dia a dia. Ele pode, por exemplo, ir ao mercado sem precisar pedir ajuda”. Os especialistas estimam que, entre 50 e 70 anos, uma pessoa perca até 30% de sua força muscular.

A aposentada Elsa Leonor Zalasar, de 63 anos, nunca gostou muito ir à academia, mas foi conquistada por um programa voltado para a terceira idade. Ela frequenta o Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade João Castadelli, em São Caetano do Sul, e participou do estudo do Celafiscs.
“A partir da terceira ou quarta aula, você chega em casa e tem mais disposição. O melhor de tudo é ter disposição para ir às compras, fazer trabalhos de casa, ter mais jogo de cintura”, diz ela, que também percebeu um ganho importante na flexibilidade. “Agora, a dificuldade já não é tanta nos exercícios. Depois que termino de fazer alongamento, o corpo já parece outro.”



PROGRAMA DE ATIVIDADE PARA A 3ª IDADE
AERÓBICOS
Pelo menos 30 minutos diários. Pode ser uma atividade orientada na academia ou caminhada, corrida, dança, entre outros.
FORÇA
Pelo menos 30 minutos, duas vezes por semana. Essa rotina é composta por oito exercícios, com 10 repetições cada.
EQUILÍBRIO
Pelo menos 10 minutos, duas vezes por semana. O idoso pode começar a andar sobre uma linha reta no chão. Desafios vão sendo propostos para treinar o equilíbrio: caminhar com os braços abertos, com a ponta dos pés, com o calcanhar, entre outros.
FLEXIBILIDADE
Ao menos 10 minutos, duas vezes por semana. Sentar com as pernas esticadas no chão e levar as mãos à ponta do pé, por exemplo.

 

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